quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu voltei...porque aqui, aqui é meu lugar...

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas voltar para casa é sempre bom.

Antes de contar sobre o dia de ontem (não percam as fotos, vídeos), algumas coisas que fui me lembrando no meio do caminho ou que aconteceram ontem:

  1. meu voo chegou 15 minutos antes do previsto em SP, no entanto as malas só foram colocadas na esteira 25 minutos depois de desembarcarmos.  Ao desembarcar tomei um Socorro/Lapa em horário de pico: lotado, de pé, na porta. Vergonhoso!
  2. Nomes dados pelos guaranis: Paraná = grande como o mar (e é, viu!); Iguaçu = água grande; Itaipu = pedra que canta.
  3. Não comentei, mas os franceses com que passei o dia na segunda, no lado argentino, fizeram um comentário interessante.  A mulher estava aqui para visitar o irmão e família que moram no RJ, visitou conhecidos em SP, e depois de Foz ia a Parati para de novo estar com o irmão e família.  Sem acidez, a Sylvanne disse: parece que não conhecem nem por favor, nem obrigado, por aqui.  Baseou-se no comportamento dos sobrinhos e amigos do irmão e cunhada, segundo ela. O casal mencionou que na França também as coisas mudaram muito, mas não são como aqui, no sentido da falta de civilidade, ignorância, falta de alguns valores básicos, etc.   O casal deve ter uns 50 anos, têm 3 filhos formados. Os comentários não foram maldosos, apenas um relato do que encontraram, sob a óptica de quem mora na Europa. Claro que há os imigrantes por lá, sobretudo os ilegais que aumentam uma certa "degeneração" de modos/costumes, mas os franceses legítimos também mudaram muito.   Quanto ao que perceberam no cotê brésilien, nem precisavam me dizer.
  4. Como comentei várias vezes, acho mesmo que Foz está preparadíssima para o turismo. Melhor do que qualquer outra cidade que eu tenha visitado por aqui.  Há ainda o que melhorar, afinal, estão muito próximos, mas ainda não são iguais ao primeiro mundo.  Nada que desmereça a cidade, seus habitantes, prestadores de serviços, mas ainda há um ranço da inoperância, amadorismo, falta de qualidade nacionais.  Mas estão quase lá.
  5. Cruzei com vários brasileiros hoje na ida e volta do Parque das Cataratas: realmente não pedem licença, não dizem bom dia, boa tarde, acotovelam. Episódio: havia uma fila para tomar o ônibus do Parque para voltar ao Centro de Visitantes. Brasileiros (eu) e montes de estrangeiros em fila, sentados, uns 30. Um casal de brasileiros (de uns 30 anos), sentaram depois de mim.  O ônibus chegou, não tiveram dúvida, levantaram-se e passaram na frente de uma dezena de pessoas. Para quê? Por quê?  Os ônibus têm capacidade para umas 60 pessoas, então... Impressionante! 
  6. No aeroporto de Foz, todas as bagagens passam por raio-x antes de o viajante dirigir-se ao check-in. Já pensou isso em dias de movimento como feriados, férias, etc.?  Um rapaz que estava na minha frente teve de abrir uma das malas e parou toda a fila.  É brinca?  Em vez de haver um lugar reservado para o cidadão abrir suas coisas, não, é ali no meio do caminho mesmo.  Estão vendo, a gente não pode elogiar...
  7. Encontrei os baianos que conheci ontem em Ciudad del Leste na ida ao Parque das Cataratas. Que bom que não ficaram só com as compras.  Só fizeram a trilha de 1,2km, mas já salvaram umas almas com certeza.
  8. Há muitos árabes pela cidade de Foz (falam em 30mil). Parece que superaram os chineses. Há inúmeras entidades ativas na cidade, publicações.Até a programação básica a cabo tem vários programas voltados para a comunidade.
  9. Da mesma forma que eu, algumas pessoas com que cruzei também estiveram em Foz há muitos anos e voltaram. Foi interessante comparar lembranças.
  10. No portão de embarque 1 do aeroporto de Foz (por onde embarquei para SP), há simplesmente 3 joalherias (sendo uma H.Stern). Num intendi...As outras lojas são uma La Selva e uma lanchonete local.
Agora, ao dia de hoje. The best for last, sempre...

Como andei muito nos últimos três dias, o calor estava muito forte, o que cansa mais ainda a gente, resolvi fazer uma programação light hoje.  Voltei ao Parque das Cataratas para almoçar no Restaurante Porto Canoas. Pensei em ir ao Hotel Cataratas, mas além de ser muito mais caro, a vista não é tão boa no caso do restaurante (os apartamentos, sim, têm visão privilegiada).

O restaurante do Espaço Porto Canoas foi construído sobre o Rio Paraná, com visão privilegiada da Garganta do Diabo.  Além do restaurante, há uma lanchonete, loja de souvenirs, uma Amsterdam Sauer (com preços arrasadores), um espaço ajardinado com bancos, banheiros. A vista da Garganta é muito bonita.  A força da água é impactante.

O restaurante oferece um bufê muito bom e o serviço foi excelente. R$ 55 pelo bufê completo (com sobremesa), café, água, suco, serviço.

Voltando para o Centro de Visitantes, para dar uma última olhada e esperar meu táxi para o aeroporto, pensei em parar no Hotel das Cataratas (http://www.hoteldascataratas.com.br/web/ogua_pt/hotel_das_cataratas.jsp). Ele está muito bem cuidado, bonito por fora. Pensei em pedir para dar uma olhada em algum apartamento. Só que aí me deu preguiça, estava um calor louco, então resolvi seguir direto para o Centro de Visitantes.  

Como ainda faltavam 30 minutos para o táxi chegar, tive um insight: ver as cataratas de cima, mas bem de cima mesmo...de helicóptero. E lá fui eu. O timing foi perfeito, pois no que perguntei para o pessoal de informações se daria para eu voar rapidinho, disseram-me que sim, pois já estavam por subir e ainda havia um lugar. Corrida para chegar ao heliponto, mas deu tudo certo. O voo é de 10 minutos, mas parece bem mais, viu! Apesar de garantirem que é um supermotor, seguríssimo, etc., etc., sei não, achei tudo meio sacolejante, não tem o pqp para a gente segurar, a gente fica preso só pelo cinto de segurança, a janelinha fica aberta (ai, pelamor, fecha esse negócio...), é meio apertado, faz um barulho em tanto.   Achei bacana experimentar, a vista é boa, mas não contem comigo para o próximo batpasseio.

Junto comigo havia uma casa, a mãe de um dos dois, um menino (filho) de uns 6 anos, e uma bebê de perto de um ano. O menino não achou tudo isso, e a menininha estava quase dormindo de tédio...De todo jeito a experiência foi interessante.

Como sempre digo, salvo em casos específicos, da mesma forma que família, a gente não escolhe vizinho de viagem.  Já tive algumas surpresas desagradáveis, mas nada que não fosse contornável. Hoje, um rapaz árabe sentou-se ao meu lado. Muuuitooo esquisito...Deu vontade de perguntar se ele já tinha ouvido falar do Unabomber...foi um tantinho estressante obsevá-lo segurar sua mochila durante o voo todo, olhando fixamente para a asa do avião, não comer nada, não falar nada (nem comigo, nem com o homem do outro lado).  Enfim, chegamos, ele se levantou, comunicou-se em árabe com outro rapaz (afffeee, eram dois...), e saiu tranquilinho. Ainda bem...

Agora o link dos finalmentes.  Espero que tenham gostado, pelo menos das fotos e vídeos.  Até a próxima, folks.

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/PortoCanoasHelicoptero1732011?authkey=Gv1sRgCLmDypS36OSG_AE&feat=directlink

Meu adeus a Foz:




Eu me odeio, o retorno

Apesar de ter jurado, quase de pés juntos, que não iria ao Paraguai, acabei cedendo. Têm uma modalidade de tour por aqui em que uma van leva, DE GRAÇA, até Ciudad del Leste, colam um selo na gente, e pronto. A comissão do que comprarmos vai para a agência que nos leva para lá.

São vans para umas 15 pessoas, e sempre vão lotadas. Fazem isso também para o Duty Free da Argentina.  Felizmente, peguei o passeio que sai às 18h de Foz, chega umas 19h em Ciudad del Leste, e volta umas 20h30. Um horror! (https://picasaweb.google.com/miriamkeller/CiudaddelEste16032011?feat=directlink). Aquela cidade só está mais feia e suja.  As lojas mesmo fecham umas 15/16h.  A opção para mais tarde são uns shoppings meia-boca.  Para minha sorte, i.e., para não me estapear de monte, encontrei o protetor para meu iphone (película protetora) que não encontrei no Duty Free argentino e no Brasil é bem caro.

As lojas do tal shopping, como a grande maioria das de rua, são de libaneses.  Se a gente compra com cartão, mesmo que no débito, algumas lojas querem tascar 8% de acréscimo. Além disso, o atendimento é bem ruinzinho mesmo.  Há vários brasileiros trabalhando por lá. Minha teoria: ou moram por lá ou não têm competência para trabalhar aqui ou na Argentina, pois são bem ruizinhos também (gente preguiçosa, desanimada, essas coisas).

Bom, conheci um casal baiano simpaticíssimo, trocamos umas ideias, o que aliviou a espera da volta - imaginem se não terminei minhas compras 20 minutos depois de chegar, aí comi uma empanada com Coca, já que o lanche em Itaipu foi terrível. E lá se foram quase 30 minutos esperando o resto do grupo para voltar para a Pousada.

Agora o mais estranho: esse casal, bem informado, viajado, estava há dois dias em Foz e ainda não tinha visitado as cataratas.  Achei que falaram com mais entusiasmo das compras do que da possibilidade de rever (a mulher já esteve por aqui há uns 30 anos) as cataratas.  Tem algo muito errado na atual estratégia de turismo daqui.  Se fecharem as portas do Paraguai amanhã, acho que o turismo cairia drasticamente.

Hoje parto. Como diz minha amiga Ana, bom ir, melhor ainda voltar.  Chego em casa bem tarde, mas ainda vou ter um almoço especial no Parque das Cataratas.  Será um ótimo fecho para uma ótima viagem, que superou qualquer expectativa que eu tivesse.

Adorei isto aqui!  Quem puder, venha. Um patrimônio da Humanidade como poucos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Por que me ufano - II


Já que estava lá mesmo, voltei depois de 40 anos, não sei se volto de novo, resolvi visitar o Refúgio Biológico de Itaipu.  Parte do programa de preservação, educação, respeito ao meio-ambiente da empresa.

Eles mantêm cientistas, biólogos, veterinários trabalhando para reintroduzir animais em extinsão em seu habitat original.  Segundo informam, salvar não é o mais difícil, ou realizar a reprodução, a reinserção é a prova de fogo.  De novo, tudo muito bem organizado, tudo muito explicadinho, e a gente animais que foram maltratados, quase aleijados, ali, sendo tratados e recuperados. Não é um zoo, mas um grupo de animais, alguns de espécies em extinção, que estão em viveiros mais que apropriados, sendo cuidados e estudados para seu bem e o nosso também.  Jacarés do papo amarelo, gavião-rei, harpia, macaco-prego, onça pintada, e por aí vai.  De novo guias falando em português e espanhol.  A flora também é muito cudiada: o reflorestamento foi intensivo e redentor.  As trilhas por que passamos são feitas em volta das árvores existentes, elas não foram retiradas, quem caminha desvia.  Guias preparados para explicar, esclarecer. Sempre há perguntas inusitadas, mas estão bastante preparados.

São 2 kms de caminhada, num calor impressionante, mesmo entre árvores.  Vi também telhados de grama (já tinha visto isso no SESC do Pantanal), telhados de água, para manter o ambiente fresco e utilizar o mínimo de ar-condicionado.  Aquecimento solar.  Enfim, tudo que podem poupam, reutilizam, adaptam, reciclam.

Não diria que é algo tão bonito e mágico quanto o Parque das Aves (post Dois dias perfeitos), mas o compromisso, a conscientização, o respeito, a visão são emocionantes.

Somos levados até a trilha e dela trazidos para o centro de visitantes por um trenzinho bem confortável.  Também neste passeio, metade brasileiros, metade estrangeiros.

Um prazer ver coisa bem-feita por aqui.

Este é o link para o posto anterior e para este.
https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Itaipu16032011?feat=directlink

Por que me ufano - I

Hoje foi dia de visitar Itaipu.   Ouvia muito falar de Itaipu, aliás era parte de meu dia-a-dia, quando trabalhava na Themag (isso há 35 anos).  A empresa prestava serviços civis (projetos) para a Itaipu Binacional.  Ouvia muito falar de Voith, Bardella, Mecânica Pesada, Brown Boveri, todos nomes que estão lá na Usina de Itaipu por meio dos equipamentos que forneceram.Coisa de gigante.

Comecei com a visita completa (externa e interna) à usina propriamente.  Tudo limpo, organizado, bem dimensionado, pensado, planejado para receber bem o visitante.

A usina é projeto ítalo-americano, e a tecnologia é suíça, alemã e francesa.  A administração, mão-de-obra, ônus e benefícios dividem-se irmanamente, isto é, 50/50 entre brasileiros e paraguaios.  Na verdade não é uma ltda., não é uma s.a., não é uma joint. A Itaipu Binacional é produto de um acordo assinado em 1973, e por ele é regida até hoje.  A usina foi concluída de fato em 2007 - Lula esteve lá para discursar.  US$ 50 milhões de cada um dos países + um empréstimo literalmente bilionário com o BMundial, que termina em 2023.  A empresa é rentável, se mantém, tem futuro, é considerada de altíssima qualidade técnica, reconhecida internacionalmente, é a maior geradora de energia do planeta, tem centros de pesquisa avançadíssimos, observatório astronômico, programas sociais que empurram Foz e o Paraguai rumo ao desenvolvimento, está subsidiando a UILA, Universidade da Integração Latino-americana, dá trabalho para muita mão-de-obra da região, capacita, enfim, primeiro mundo inquestionável.  E é claríssimo seu respeito ao meio-ambiente, à comunidade.. Aliás, se me vendassem, me levassem até lá, falassem em inglês comigo, eu juraria que aquilo não é Brasil.  Impressionante o que boa gestão, visão, competência técnica, compromisso podem fazer.  Tem de ver para crer.  Todo brasileiro deveria visitar a Itaipu, até antes de qualquer praia linda do nordeste (que está lá porque está, e pode acabar porque não sabem cuidar dela ou trabalhá-la de acordo).  A Itaipu é prova que podemos, num terreno que não nos foi concedido, mas conquistado, e que pode impactar nossas vidas cabalmente.

Tanto planejadores, quanto executores, são mestres em infraestrutura, em plano B, em fazer bem feito.

Tudo lá é na base do mega: centenas de milhares, ou milhões, em watts, em metros cúbicos, em altura, em extensão. Uma coisa!  Um exemplo: a vazão do vertedouro hoje, que está com pouca vazão, equivale às Cataratas do Iguaçu x 9. A plena potência seriam 40 vezes por hora a vazão das cataratas.  A barragem é parcialmente de cimento, parte de pedras (são especialíssimas), parte de terra.   Cavou-se ali n vezes mais que para construir o Eurotúnel.  Hoje são só 800 empregados no local, mas já foram 40.000, de todas as partes do Brasil.  Enfim, é tudo grandioso, e grandiosa é a usina. Lema: poupe, reutilize, recicle.  Foi isso que fizeram desde sua construção.

O serviço ao visitante é basntante organizado.  Os guias falam em português e espanhol.  Aqui meu único reparo: (1) para os que falam inglês ou outra língua, poderiam ter gravações - os ônibus têm a possibilidade de conexão para audio; (2) a lanchonete, que pertence à Associação dos Funcionários da Usina de Itaipu, é fraquíssima. Poucas opções.  Lá comi um dos piores salgados da vida.  Poderiam, e deveriam, melhorar muito, pois isso significa entrada $. Tenho certeza de que muita gente deixa de consumir justamente pela pobreza e qualidade duvidosa da oferta.

O ônibus que leva para o passeio pela usina é confortável,com ar-condicionado, água.

Hoje, o grupo do meu horário era 50% de brasileiros e 50% de estrangeiros (uns 15 visitantes).

Link de fotos e vídeos no próximo post.

Dois dias perfeitos

Descobri que o problema com a internet é da pousada mesmo. Têm dois equipamentos, mas algo não está funcionando bem.  Vão chamar o técnico de novo.  Usuário final sofre, viu...Estou tentando baixar as fotos bravamente.

Continua bem quente mas, segundo o pessoal daqui, no ano passado foi pior. Estava uns 42C, 43C nesta época.

Ontem foi dia de visitar o lado brasileiro das cataratas.  Outro motorista bacana: Pacheco. Nascido aqui, morou quase a vida toda no RS (uma cidade com nome de santo de que não me lembro), voltou para cá, trabalhou de lavador de pratos e ajudante de garçom no Hotel das Cataratas - o bacanão dentro do parque -, depois virou taxista.  Boa gente, simpático.  Contou que depois que o novo prefeito assumiu (está na segunda legislatura) a cidade melhorou muito.  O filho estuda em escola municipal e, segundo ele, todas as salas de aula têm aparelho de ar-condicionado (e precisa, viu, gente, senão a produção seria 0 com o calor que faz por aqui) em todas as escolas. Os outros benefícios são a limpeza, manutenção das vias públicas, do verde, e por aí vai. Saúde também disse que é boa por aqui. Bom, estou vendendo o peixe pelo preço que comprei.

Usei os serviços dele para me levar ao parque das cataratas (a dona da pousada ia me levar, mas teve de ir ao Paraguai fazer compras.  Isso é normalíssimo por aqui: vou até ali no Paraguai fazer compras e já volto. O bom é que o pessoal da pousada acerta tudo para a gente na maior boa vontade).  Ah, sim, outra informação: os táxis são padronizados e os taxistas têm de usar uma camisa azul (nem clara, nem escura, mas uma cor bem bonita).  E achei o preço das corridas bem em conta.

Poderia ter ido com um tour, grupo, mas achei mais negócio ir de táxi para poder fazer meu horário e ficar mais à vontade.   Na verdade se duas pessoas ou mais fizerem o mesmo, é muuuitooo mais negócio do que pegar uma excursão.  Marquei hora para me pegar no hotel e me buscar nas cataratas. são uns 50 kms ida e volta = R$ 80,00.

Saímos às 9h, chegamos ao parque antes das 10h. Resolvi visitar primeiramente o Parque das Aves (http://www.parquedasaves.com.br/v2/br.htm). No mínimo duas horas com calma. Coisa de primeiro mundo. Vale muito ver.  Foi idealizado por um casal de ingleses (vejam histórico no site) e é um empreendimento privado. Ótimo atendimento de começo a fim. Uma trilha única que não confunde o visitante, com rotas especiais para deficientes, tudo muito bem sinalizado.  Aves maravilhosas, em cativeiro bem estruturado, limpo, bem mantido, bem dimensionado.  A gente vê que as aves estão bem, não sofridas ou destratadas como em tantos lugares.  Uma alegria ver os tucanos, ficar pertinho deles, quase ser atingida pelos voos rasantes. O mesmo com as araras.  Há borboletário, répteis, além de aves de todo lugar do mundo, não só da região. O Pantanal, por exemplo, está muito bem representado. Só faltou o tuiuiú.

Sentimentos controversos: (1) por que não me orgulho de ser brasileira? Pouquíssimos brasileiros, mas seguramente os mais ruidosos e inconvenientes, com piadinhas, falando alto: Aaah, tucano de novo! Já vi tucano demais!  E quem quer ver borboletas?  Pois é, as centenas de estrangeiros, inclusive sulamericanos, maravilhavam-se com tudo, a cada minuto, a cada pequena descoberta, colorido, inclusive com as pequenas e graciosas borboletas; (2) Por que me orgulho de ser brasileira? Porque já visitei coisas lindas por aí, e o Parque das Aves está aqui, merece ser visitado, é belíssimo, organizado como tudo deveria ser, bem pensado, um verdadeiro monumento ecológico. Entrada: R$ 18,00, mapa R$ 1,00. Ah, só os banheiros não condizem com todo o resto:limpos, mas bem baleados. Mereciam uma reforminha.

Depois é só atravessar a rua (aliás estrada) e entrar no Parque Nacional de Iguaçu (http://www.cataratasdoiguacu.com.br/parque.asp). E foi André Rebouças, o mesmo que dá nome a importante avenida em SP, que iniciou o trabalho de preservação das cataratas.  O parque é explorado em regime de concessão. Óbvio, né, gente!  Outro empreendimento de primeiro mundo!  Tão bom, ou melhor ainda do que vi no lado argentino.  Tudo muito organizado, limpo, bem mantido.  Entrada para Mercosur R$ 22.  Há facilidade para tudo: transporte com ônibus mais que confortáveis, para comer, para toilete, para compras, pessoas atendendo em dois idiomas pelo menos, etc.  O espetáculo das cataratas está do lado brasileiro mesmo (sorry, hermanos...): as águas pujantes, as grandes quedas estão todas do lado argentino, mas a melhor vista de tudo está do lado de cá.  Ainda bem que é possível aproveitar essa maravilha tanto de lá, quanto de cá. Dá para todo mundo beneficiar-se com essa pujança.  E, como mencionei, os dois lados estão igualmente muito bem preparados.

Uma observação: já no ônibus, a gravação avisa sobre os quatis (uma verdadeira praga por todo o parque). Recomendam não mexer com eles, não dar comida ou comer perto, pois são bichos selvagens e agressivos, atraídos por comida. Do lado argentino não há esse aviso, o pessoal dá comida (ou lixo) de monte, e mexe com e nos bichos, que transmitem doenças inclusive (são como ratos).

Outro aspecto interessante são os guias, tanto de lá, quanto de cá.  Ouvi um dar uma bronca no grupo dele: Se continuarem assim, largo vocês aqui. Quero respeito com este santuário.  Silêncio, observação, cuidado com tudo o que está à volta: animais, plantas e a própria catarata.   O grupo murchou...e obedeceu.

Outra lembrança surgiu: a BR 469, que cruza o parque, foi a mesma por que passei com meus pais, irmão e minha prima há 40 anos. Antes não havia a entrada controlada do parque. Nós fomos por toda a estrada, respirando o cheiro da mata (ela é inconfundível e foi o que me reavivou as lembranças).  Vento batendo na cara, ouvindo os sons da vegetação.  Lembro-me que paramos pertinho do início do caminho para as cataratas.  Realmente não havia bons acessos ou passarelas, era tudo muito precário. Mas a gente visitou assim mesmo. Estranho é que tanto do lado argentino, quanto do lado brasileiro, pareceu-me tudo novo. Lindo e novo. Surpreendente, emocionante! Será o Al(zheimer) se instalando? Ai, meu Deus...

Além da visita a pé, pelas trilhas, há rafting, trilhas mais radicais, passeios de barco (como o que fiz ontem), exploração de ilhas no meio do rio. Tudo pago à parte, mas com preços bem razoáveis.  Uns 5 dias dá para fazer tudo, se tiver boa disposição.  Para mim, o que tenho feito já compensou de sobra a vinda meio no susto para cá.  Fechei um ciclo. Estou vendo belezas que vou levar comigo por toda a vida.  Um presente!

Depois de duas horas e meia com os pássaros, e mais duas horas nas cataratas, relax moment.  Afinal, a gente anda, viu!  E tem subida, descida, e felizmente muitas retas, mas são quilômetros.

Dei uma parada no único shopping da cidade, o Cataras JL (http://www.cataratasjlshopping.com.br/).  Pequeno, mas claro, novinho, bonitinho, muitas marcas que temos em SP, boa praça de alimentação. Almocei, tomei um delicioso café, dei um look nas lojas e voltei para a pousada para descansar.  O calor cresceu durante a manhã e isso cansou bastante. De novo, quilos de protetor solar.

Hoje é dia de visitar Itaipú.  Vou com o Pacheco.  Vou tentar ver o refúgio e eventualmente almoçar por lá. Vamos ver se dá.  À noite...surprise...

Vou dizer agora, para não esquecer: Foz é uma ótima cidade, com serviços excelentes, gente gentílissa, muita coisa bonita para ver na cidade e perto dela.  Fiquei orgulhosíssima desta cidade, como de poucas por que passei.

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Cataratasbrasil15032011?feat=directlink

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um dia mais que perfeito

Esqueci de comentar duas coisas de ontem: em Cumbica, nos portões 01 (A,B,C), o pessoa grita os voos.  O uso do microfone não adianta, pois o equipamento está com problema. Então gritam nervosamente os embarques. E quando estava por embarcar, no portão certo - 11A, uma senhora que havia pedido cadeira de rodas.  Num dado momento ouço uma das mocinhas do balcão dizendo para outra: Acharam afinal a cadeira?  Aí foi um tal de falar com um e outro pelo rádio.  Francamente não vi se a tal cadeira apareceu ou não, pois fui ao banheiro, mas esse tipo de coisa dá uma confiança na gente, não é?

Ontem ao chegar, já organizei um pouco os dias por aqui. Não são tantos e há bastante coisa para fazer.  O pessoal da pousada, atenciosíssimo, fez contato com umas pessoas para ajeitar o assunto para mim.  Como o Carnaval passou, a coisa está bem calma por aqui, não têm todos os passeios todos os dias, mas conseguiram para Puerto Iguazu e cataratas do lado argentino para hoje, a preço bastante bom (R$ 85,00 - transporte, entrada no parque, acompanhamento de guia) com a Pousada Evelina (http://www.pousadaevelina.com.br/1024/fotos.htm).   Da.Evelina é uma polonesa que quase se formou em agronomia, casou, descasou, tem duas filhas que trabalham com ela no negócio, netos, fala meia dúzia de línguas, adora o que faz, tem 73 anos, e não tem tempo ruim para ela.  A pousada é bem grande (maior que a em que estou), e só tinha estrangeiros hospedados, fora uma amiga dela, de  MG, que ela não via havia 50 anos, desde os tempos de faculdade. Hoje essa amiga foi embora, e demos carona para ela na van do passeio ao lado argentino. A despedida das duas foi emocionante.

Enfim, a pousada é muito bem organizada, a família é que trabalha ali, só mulheres (na que estou também. No mínimo interessante).  Da. Evelina é uma entusiasta pela vida, é admirável seu vigor, vontade, disposição.

Nosso grupo foi bem diversificado para dizer o mínimo: 4 poloneses que falam bem mal o inglês (vieram para reuniões na Cianorte, e estão aproveitando estes dias para passear por aqui), aliás só dois falam bem pouco, um casal de franceses que já passou pelo RJ, rapidamente por SP, e agora volta a Parati (ela farmacêutica, ele engenheiro de qualidade de uma fábrica de automóveis, e moram em Paris) e eu, de novo única brasileira. No final, fiquei de intérprete entre português/espanhol para todos, dos franceses com os poloneses (só o francês falava um inglês sofrível, a mulher nada).  Foi bem divertido!  Durante o dia, a minha intervenção não foi tão necessária, só esporadicamente, fiquei mesmo é conversando com o casal francês, mas no jantar...o negócio foi muito bom.  Arrumei até um tererê para os franceses, que insistiam em provar mate. O dono do restaurante (Maringá, que fica em um Clube de Pesca - http://www.mapia.com.br/locations/14603-maring%C3%A1-clube-restaurante), muito solícito,  arrumou o tererê e o motorista da van ficou de arrumar um chimarrão amanhã para os franceses.  O motorista, Osvaldo, é do RS, então já viu...

De novo, fiquei surpresa com a gentileza e boa vontade genuína dos prestadores de serviços tanto do lado argentino, quanto brasileiro. Já tinha até desacostumado.

Indo para o lado argentino, passamos pelo controle de fronteira. A filha da Evelina, Ana, fez uma lista, pegou   nossos documentos, apresentou tudo na aduana e nós passamos. Segundo ela, em dias de maior movimento perdem-se até 2, 3 horas no processo. Todos perguntam por que não agilizam, ficam meio bravos coma morosidade, e sobretudo no lado argentino parece que o pessoal é meio encardido.  Agora, a pergunta que não quer calar: para que todo esse rigor teórico se nem sabem se sou eu mesma que estou na van, no ônibus? A grande maioria passa com agências/cias de turismo, nem desce dos veículos, quem faz tudo são os intermediários, então para que dificultar?  Segundo o motorista da van, eles assinam um documento de que se fizerem algo errado e forem descobertos nunca mais entram de lá ou de cá.  Mais ou menos como acontece em qualquer país civilizado. Bem, para nossa sorte, tanto na ida quanto na volta a operação foi vem rápida.

Chegando ao Parque das Cataratas argentino, Da. Evelina explicou em polonês para os poloneses,uma pessoa do parque explicou tudo para o casal francês e para mim em ótimo francês, e assim começamos nosso passeio de verdade.

Ah, sim, antes, como podem ver num vídeo do link abaixo, passamos por uma aldeia de guaranis do lado argentino que Evelina ajuda, aliás insiste em ajudar. Ela é mais entusiasmada e confiante no que aquelas pessoas poderão render um dia do que eles mesmos. Um horror! Vi isso há tantos anos em alguns lugares e pensei que não existisse mais essa miséira, essa degeneração pessoal, essa preguiça, mas existe.

O ingresso para o passeio mais caro (Aventura Total, que foi o que fizemos) custa Pesos 220.  Ele inclui passeio de 25 minutos pela mata em 4 x4, passeio de barco passando por baixo de quedas d'água, passeio de trem com acesso à parte mais extrema do parque.  No passeio de barco a gente se molha inteirinho, tanto que dão um saco de plástico bem grosso para colocar pertences.  Já avisam para levar troca de roupa, toalha, etc.  Tem gente que já vai de maiô e depois põe outra roupa por cima ou fica de maiô mesmo.  Eu levei outra camiseta e bermuda, mas nem foi preciso trocar. Estava tão calor, que foi ótimo levar aquele banho delicioso e ficar com as roupas secando no corpo.  Um refrigérios! A única dica é: chapéu, guarde no saco, senão voa mesmo ou molha; tênis, guarde. Coloque chinelos ou fique sem nada. Você vai precisar de tênis para subir, subir, subir, até voltar para a área do parque propriamente. No mais, tudo muito preso, seguro, senão baubau. E muito protetor, pois se o tempo está aberto o sol é de rachar.

O passeio de 4x4 foi fraquinho.  Passamos no meio do mato,vimos um ou outro animal, mas não é muito interessante. Com o trenzinho foi gostoso, pois já eram14h30, estávamos meio cansados de tanto andar, então deu um refresco antes de quase quilômetro e meio para ver a grande atração do parque: Garganta do Diabo.  A volta também deu uma relachada.

Com tudo isso, saímos de Foz às 10h aproximadamente e voltamos somente às 18h30.  Na volta passamos pela Tríplice Fronteira (veja o vídeo) e pelo Duty Free argentino. Graças, porque queria ver uma coisinha só para mim e nem poderia pensar em ir a Ciudad del Leste, no Paraguai.  O shopping é bem diversificado, bonito, bom atendimento, preços de duty free.  Achei o que precisava, portanto, bye, bye, Paraguai.

Próxima parada: lado brasileiro das Cataratas.

Vamos ver se se compara à organização, bom atendimento do lado argentino.

Outra coisa: também em território argentino, a estrada para o parque é impecável,já voltando, lado brasileiro, uma estrada bem maltratada.Isso não é perseguição, é realidade.

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Pousadaargentina14032011?feat=directlink

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Pousadaargentina1403201102?feat=directlink

domingo, 13 de março de 2011

Ir é sempre muito bom


Domingo (escolhi o dia porque sempre é mais tranquilo, teoricamente, para viajar), voo no início da tarde, caminho casa/aeroporto sem trânsito = $100. O próprio aeroporto estava calmo, mas nem assim a coisa é rápida.

Já havia feito o check-in on line, mas por aqui, diferente do que acontece em outras partes do mundo, não faz muita diferença se você tem bagagens para despachar. Na verdade, é melhor fazer só para garantir se houver algum problema, mas aconselho a pegar a fila do atendimento normal (maior número de posições, maior probabilidade de a coisa andar mais rápido). Como mostrei meu boarding-pass ao funcionário da TAM, ele me encaminhou aos balcões de web check-in. Eram 4, só dois funcionando. Levei bem uns 15 minutos para conseguir despachar minha bagagem.   A funcionária da TAM escreveu no boarding-pass que o portão de embarque era o 11A.

Como indo a NY em 2007 quase perdi o avião, pois mudaram o portão, não avisaram pelos altofalantes, e só percebi porque achei tudo calmo demais, agora sempre dou uma olhada nos painéis da Infraero. E lá estava: voo TAM 3559, portão 01A.  Vejam bem, há 13 portões de embarque na ala nacional, o que estava no painel era o 01 e me mandaram para o 11, uma distância em tanto.

Não tive dúvida, 01A lá vou eu!  Dali a uns 20 minutos aviso pelo altofalante:devido a mudança de posição da aeronave, o embarque mudou para o portão 11A.  Como é possível que a Infraero tenha em seus painéis informações incorretas?  Subi (só escada normal, ou elevador) e fui para o portão 11.  Outra olhada no painel: aí indicava portão 01C!!! É brinca?

Ah, e antes de tudo isso uma filona para passar no raio X.  E não é que pela primeira vez na vida fui passar pelo arco que detecta metais e apitou!! Eu, uma pessoa de respeito!   Volto: a senhora tem algum objeto de metal com a senhora?  Não, nada. Pensei: será a lente da cirurgia de catarata? Só faltava...Aí a agente de segurança pede para eu tirar os sapatos. Tudo muito civilizado, dão um protetor para eu não pisar no chão. Passo no arco e tudo em ordem. Os agentes disseram que isso é muito comum. Sapatos bem feitos (E viva a Cordobán!) têm em sua estrutura metal para não deformar (e deve ser verdade, pois pelo tanto que ando e peso, meus sapatinhos não aguentariam se não fossem bem reforçados). De todo jeito, o tratamento foi excelente, só a fila para passar nas máquinas (são 4) é que não tem cabimento. Foram uns 15 minutos ali.

O embarque atrasou um pouco, mas saimos e chegamos no horário. Lanchinho bonzinho durante o voo de pouco mais de hora e meia.  Atendimento da TAM até que foi bem bom (balcão e avião).

O jornalista Marcelo Resende estava no mesmo voo.  Bem low profile, não fez exigência, embarcou como todo mundo, bem tranquilinho.

Chegando, calor de 32o..  Têm um serviço de táxis bom no aeroporto.  Deu uns 20 minutos até a pousada em que estou.  R$ 40.

O aeroporto é pequeno, mas imagino que só tenha problemas em épocas de grande movimento, e.g., Carnaval, feriados prolongados. A entrega de bagagens é bem lentinha.

Chegando à pousada, o pessoal foi muito atencioso, o quarto é bem grande, a casa é bem bonita. Depois posto fotos.  A cidade também me pareceu bonita, limpa, organizada, com bastante verde.  Já contratei um passeio para a Argentina amanhã. Terça vou para o lado brasileiro e Parque das Aves.  Quarta vou tentar Itaipu ou uma trilha que indicam por aqui.  Quinta devo almoçar no Hotel das Cataratas. Pronto,agenda cheia.

Pareceu-me interessante que o negócio é dinheiro vivo. Muitas restrições a cheques e cartões (na pousada, na agência de turismo). Isto me surpreendeu.

Fui comer algo nas redondezas (casas grandes, modernosas, muito vidro, muito ar-condicionado). Realmente aqui é o centrão da cidade. Muito movimento de carros, restaurantes, sorveteria (ótima! Sorvete delicioso + água = R$ 5. Nunca em SP! Aliás, a garrafinha de água mineral aqui é R$ 2. Faz tempo que não pago isso em SP tanto em restaurantes, quanto lanchonetes, docerias, etc.).  Também comi um sanduíche ótimo com mostarda Dijon, fritas, cebolas empanadas, uma coisa...R$ 12,00. Ah, e o atendimento, até o momento, tem sido muito bom. Muita cortesia genuína.

Outro tema: o wifi não funciona nem a pau na pousada. Não sei se é meu netbook (mas acho estranho, pois ele já funcionou em tantos lugares diferentes, enfim...) ou o quê. Sorte que trouxe meu 4G (tô, muderna, ou não tô?)

A cidade de Foz (http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br/portal2/flash/index.html) tem atualmente uns 420 mil habitantes. Cresceu muito depois que vim para cá, sobretudo por causa de Itaipu. O taxista que me trouxe para a pousada é de Presidente Prudente, veio para trabalhar na usina (segundo ele eram 40 mil trabalhadores), ficou lá até 1993, depois foi para a área de turismo e hoje, com mais idade, prefere trabalhar com seu táxi. Pelo caminho deu para ver que a cidade é bem espalhada, com poucos prédios.  As casas predominam. Segundo Sr. Pedro - táxi, há muitas chácaras, sítios na grande Foz: as pessoas preferem. Ele também me disse (e deve estar certo, pois em tão pouco tempo já vi vários) que as pessoas que têm negócios no Paraguai preferem morar aqui, pela segurança e estrutura. Só vi uma muçulmana, mas acho que vou ver bem mais. Chineses foram vários (são os donos dos grandes negócios en Ciudad del Leste/Puerto Iguazu). Ah, e quando digo que não vou ao Paraguai, abrem uns olhões imensos: explico que não vim para compras, e se tiver algo interessante compro no Duty Free argentino. Mas a surpresa permanece.

As ruas são bem largas, tudo parece recém-asfaltado.  Já ouvi que a ampliação do aeroporto já deveria estar andando para 2014, mas nada até agora. Que surpresa!!!

Considerando que estou na tríplice fronteira, que tem pecha de local que abriga terroristas e contrabandistas, a coisa está bem calminha. A temperatura amainou, está ótimo de caminhar agora ao entardecer.

Este é o link das fotos que deu para fazer há pouco. Amanhã posto coisa melhor.

ttps://picasaweb.google.com/miriamkeller/Foz13032011?feat=directlink
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