quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu voltei...porque aqui, aqui é meu lugar...

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas voltar para casa é sempre bom.

Antes de contar sobre o dia de ontem (não percam as fotos, vídeos), algumas coisas que fui me lembrando no meio do caminho ou que aconteceram ontem:

  1. meu voo chegou 15 minutos antes do previsto em SP, no entanto as malas só foram colocadas na esteira 25 minutos depois de desembarcarmos.  Ao desembarcar tomei um Socorro/Lapa em horário de pico: lotado, de pé, na porta. Vergonhoso!
  2. Nomes dados pelos guaranis: Paraná = grande como o mar (e é, viu!); Iguaçu = água grande; Itaipu = pedra que canta.
  3. Não comentei, mas os franceses com que passei o dia na segunda, no lado argentino, fizeram um comentário interessante.  A mulher estava aqui para visitar o irmão e família que moram no RJ, visitou conhecidos em SP, e depois de Foz ia a Parati para de novo estar com o irmão e família.  Sem acidez, a Sylvanne disse: parece que não conhecem nem por favor, nem obrigado, por aqui.  Baseou-se no comportamento dos sobrinhos e amigos do irmão e cunhada, segundo ela. O casal mencionou que na França também as coisas mudaram muito, mas não são como aqui, no sentido da falta de civilidade, ignorância, falta de alguns valores básicos, etc.   O casal deve ter uns 50 anos, têm 3 filhos formados. Os comentários não foram maldosos, apenas um relato do que encontraram, sob a óptica de quem mora na Europa. Claro que há os imigrantes por lá, sobretudo os ilegais que aumentam uma certa "degeneração" de modos/costumes, mas os franceses legítimos também mudaram muito.   Quanto ao que perceberam no cotê brésilien, nem precisavam me dizer.
  4. Como comentei várias vezes, acho mesmo que Foz está preparadíssima para o turismo. Melhor do que qualquer outra cidade que eu tenha visitado por aqui.  Há ainda o que melhorar, afinal, estão muito próximos, mas ainda não são iguais ao primeiro mundo.  Nada que desmereça a cidade, seus habitantes, prestadores de serviços, mas ainda há um ranço da inoperância, amadorismo, falta de qualidade nacionais.  Mas estão quase lá.
  5. Cruzei com vários brasileiros hoje na ida e volta do Parque das Cataratas: realmente não pedem licença, não dizem bom dia, boa tarde, acotovelam. Episódio: havia uma fila para tomar o ônibus do Parque para voltar ao Centro de Visitantes. Brasileiros (eu) e montes de estrangeiros em fila, sentados, uns 30. Um casal de brasileiros (de uns 30 anos), sentaram depois de mim.  O ônibus chegou, não tiveram dúvida, levantaram-se e passaram na frente de uma dezena de pessoas. Para quê? Por quê?  Os ônibus têm capacidade para umas 60 pessoas, então... Impressionante! 
  6. No aeroporto de Foz, todas as bagagens passam por raio-x antes de o viajante dirigir-se ao check-in. Já pensou isso em dias de movimento como feriados, férias, etc.?  Um rapaz que estava na minha frente teve de abrir uma das malas e parou toda a fila.  É brinca?  Em vez de haver um lugar reservado para o cidadão abrir suas coisas, não, é ali no meio do caminho mesmo.  Estão vendo, a gente não pode elogiar...
  7. Encontrei os baianos que conheci ontem em Ciudad del Leste na ida ao Parque das Cataratas. Que bom que não ficaram só com as compras.  Só fizeram a trilha de 1,2km, mas já salvaram umas almas com certeza.
  8. Há muitos árabes pela cidade de Foz (falam em 30mil). Parece que superaram os chineses. Há inúmeras entidades ativas na cidade, publicações.Até a programação básica a cabo tem vários programas voltados para a comunidade.
  9. Da mesma forma que eu, algumas pessoas com que cruzei também estiveram em Foz há muitos anos e voltaram. Foi interessante comparar lembranças.
  10. No portão de embarque 1 do aeroporto de Foz (por onde embarquei para SP), há simplesmente 3 joalherias (sendo uma H.Stern). Num intendi...As outras lojas são uma La Selva e uma lanchonete local.
Agora, ao dia de hoje. The best for last, sempre...

Como andei muito nos últimos três dias, o calor estava muito forte, o que cansa mais ainda a gente, resolvi fazer uma programação light hoje.  Voltei ao Parque das Cataratas para almoçar no Restaurante Porto Canoas. Pensei em ir ao Hotel Cataratas, mas além de ser muito mais caro, a vista não é tão boa no caso do restaurante (os apartamentos, sim, têm visão privilegiada).

O restaurante do Espaço Porto Canoas foi construído sobre o Rio Paraná, com visão privilegiada da Garganta do Diabo.  Além do restaurante, há uma lanchonete, loja de souvenirs, uma Amsterdam Sauer (com preços arrasadores), um espaço ajardinado com bancos, banheiros. A vista da Garganta é muito bonita.  A força da água é impactante.

O restaurante oferece um bufê muito bom e o serviço foi excelente. R$ 55 pelo bufê completo (com sobremesa), café, água, suco, serviço.

Voltando para o Centro de Visitantes, para dar uma última olhada e esperar meu táxi para o aeroporto, pensei em parar no Hotel das Cataratas (http://www.hoteldascataratas.com.br/web/ogua_pt/hotel_das_cataratas.jsp). Ele está muito bem cuidado, bonito por fora. Pensei em pedir para dar uma olhada em algum apartamento. Só que aí me deu preguiça, estava um calor louco, então resolvi seguir direto para o Centro de Visitantes.  

Como ainda faltavam 30 minutos para o táxi chegar, tive um insight: ver as cataratas de cima, mas bem de cima mesmo...de helicóptero. E lá fui eu. O timing foi perfeito, pois no que perguntei para o pessoal de informações se daria para eu voar rapidinho, disseram-me que sim, pois já estavam por subir e ainda havia um lugar. Corrida para chegar ao heliponto, mas deu tudo certo. O voo é de 10 minutos, mas parece bem mais, viu! Apesar de garantirem que é um supermotor, seguríssimo, etc., etc., sei não, achei tudo meio sacolejante, não tem o pqp para a gente segurar, a gente fica preso só pelo cinto de segurança, a janelinha fica aberta (ai, pelamor, fecha esse negócio...), é meio apertado, faz um barulho em tanto.   Achei bacana experimentar, a vista é boa, mas não contem comigo para o próximo batpasseio.

Junto comigo havia uma casa, a mãe de um dos dois, um menino (filho) de uns 6 anos, e uma bebê de perto de um ano. O menino não achou tudo isso, e a menininha estava quase dormindo de tédio...De todo jeito a experiência foi interessante.

Como sempre digo, salvo em casos específicos, da mesma forma que família, a gente não escolhe vizinho de viagem.  Já tive algumas surpresas desagradáveis, mas nada que não fosse contornável. Hoje, um rapaz árabe sentou-se ao meu lado. Muuuitooo esquisito...Deu vontade de perguntar se ele já tinha ouvido falar do Unabomber...foi um tantinho estressante obsevá-lo segurar sua mochila durante o voo todo, olhando fixamente para a asa do avião, não comer nada, não falar nada (nem comigo, nem com o homem do outro lado).  Enfim, chegamos, ele se levantou, comunicou-se em árabe com outro rapaz (afffeee, eram dois...), e saiu tranquilinho. Ainda bem...

Agora o link dos finalmentes.  Espero que tenham gostado, pelo menos das fotos e vídeos.  Até a próxima, folks.

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/PortoCanoasHelicoptero1732011?authkey=Gv1sRgCLmDypS36OSG_AE&feat=directlink

Meu adeus a Foz:




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