domingo, 13 de março de 2011

Ir é sempre muito bom


Domingo (escolhi o dia porque sempre é mais tranquilo, teoricamente, para viajar), voo no início da tarde, caminho casa/aeroporto sem trânsito = $100. O próprio aeroporto estava calmo, mas nem assim a coisa é rápida.

Já havia feito o check-in on line, mas por aqui, diferente do que acontece em outras partes do mundo, não faz muita diferença se você tem bagagens para despachar. Na verdade, é melhor fazer só para garantir se houver algum problema, mas aconselho a pegar a fila do atendimento normal (maior número de posições, maior probabilidade de a coisa andar mais rápido). Como mostrei meu boarding-pass ao funcionário da TAM, ele me encaminhou aos balcões de web check-in. Eram 4, só dois funcionando. Levei bem uns 15 minutos para conseguir despachar minha bagagem.   A funcionária da TAM escreveu no boarding-pass que o portão de embarque era o 11A.

Como indo a NY em 2007 quase perdi o avião, pois mudaram o portão, não avisaram pelos altofalantes, e só percebi porque achei tudo calmo demais, agora sempre dou uma olhada nos painéis da Infraero. E lá estava: voo TAM 3559, portão 01A.  Vejam bem, há 13 portões de embarque na ala nacional, o que estava no painel era o 01 e me mandaram para o 11, uma distância em tanto.

Não tive dúvida, 01A lá vou eu!  Dali a uns 20 minutos aviso pelo altofalante:devido a mudança de posição da aeronave, o embarque mudou para o portão 11A.  Como é possível que a Infraero tenha em seus painéis informações incorretas?  Subi (só escada normal, ou elevador) e fui para o portão 11.  Outra olhada no painel: aí indicava portão 01C!!! É brinca?

Ah, e antes de tudo isso uma filona para passar no raio X.  E não é que pela primeira vez na vida fui passar pelo arco que detecta metais e apitou!! Eu, uma pessoa de respeito!   Volto: a senhora tem algum objeto de metal com a senhora?  Não, nada. Pensei: será a lente da cirurgia de catarata? Só faltava...Aí a agente de segurança pede para eu tirar os sapatos. Tudo muito civilizado, dão um protetor para eu não pisar no chão. Passo no arco e tudo em ordem. Os agentes disseram que isso é muito comum. Sapatos bem feitos (E viva a Cordobán!) têm em sua estrutura metal para não deformar (e deve ser verdade, pois pelo tanto que ando e peso, meus sapatinhos não aguentariam se não fossem bem reforçados). De todo jeito, o tratamento foi excelente, só a fila para passar nas máquinas (são 4) é que não tem cabimento. Foram uns 15 minutos ali.

O embarque atrasou um pouco, mas saimos e chegamos no horário. Lanchinho bonzinho durante o voo de pouco mais de hora e meia.  Atendimento da TAM até que foi bem bom (balcão e avião).

O jornalista Marcelo Resende estava no mesmo voo.  Bem low profile, não fez exigência, embarcou como todo mundo, bem tranquilinho.

Chegando, calor de 32o..  Têm um serviço de táxis bom no aeroporto.  Deu uns 20 minutos até a pousada em que estou.  R$ 40.

O aeroporto é pequeno, mas imagino que só tenha problemas em épocas de grande movimento, e.g., Carnaval, feriados prolongados. A entrega de bagagens é bem lentinha.

Chegando à pousada, o pessoal foi muito atencioso, o quarto é bem grande, a casa é bem bonita. Depois posto fotos.  A cidade também me pareceu bonita, limpa, organizada, com bastante verde.  Já contratei um passeio para a Argentina amanhã. Terça vou para o lado brasileiro e Parque das Aves.  Quarta vou tentar Itaipu ou uma trilha que indicam por aqui.  Quinta devo almoçar no Hotel das Cataratas. Pronto,agenda cheia.

Pareceu-me interessante que o negócio é dinheiro vivo. Muitas restrições a cheques e cartões (na pousada, na agência de turismo). Isto me surpreendeu.

Fui comer algo nas redondezas (casas grandes, modernosas, muito vidro, muito ar-condicionado). Realmente aqui é o centrão da cidade. Muito movimento de carros, restaurantes, sorveteria (ótima! Sorvete delicioso + água = R$ 5. Nunca em SP! Aliás, a garrafinha de água mineral aqui é R$ 2. Faz tempo que não pago isso em SP tanto em restaurantes, quanto lanchonetes, docerias, etc.).  Também comi um sanduíche ótimo com mostarda Dijon, fritas, cebolas empanadas, uma coisa...R$ 12,00. Ah, e o atendimento, até o momento, tem sido muito bom. Muita cortesia genuína.

Outro tema: o wifi não funciona nem a pau na pousada. Não sei se é meu netbook (mas acho estranho, pois ele já funcionou em tantos lugares diferentes, enfim...) ou o quê. Sorte que trouxe meu 4G (tô, muderna, ou não tô?)

A cidade de Foz (http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br/portal2/flash/index.html) tem atualmente uns 420 mil habitantes. Cresceu muito depois que vim para cá, sobretudo por causa de Itaipu. O taxista que me trouxe para a pousada é de Presidente Prudente, veio para trabalhar na usina (segundo ele eram 40 mil trabalhadores), ficou lá até 1993, depois foi para a área de turismo e hoje, com mais idade, prefere trabalhar com seu táxi. Pelo caminho deu para ver que a cidade é bem espalhada, com poucos prédios.  As casas predominam. Segundo Sr. Pedro - táxi, há muitas chácaras, sítios na grande Foz: as pessoas preferem. Ele também me disse (e deve estar certo, pois em tão pouco tempo já vi vários) que as pessoas que têm negócios no Paraguai preferem morar aqui, pela segurança e estrutura. Só vi uma muçulmana, mas acho que vou ver bem mais. Chineses foram vários (são os donos dos grandes negócios en Ciudad del Leste/Puerto Iguazu). Ah, e quando digo que não vou ao Paraguai, abrem uns olhões imensos: explico que não vim para compras, e se tiver algo interessante compro no Duty Free argentino. Mas a surpresa permanece.

As ruas são bem largas, tudo parece recém-asfaltado.  Já ouvi que a ampliação do aeroporto já deveria estar andando para 2014, mas nada até agora. Que surpresa!!!

Considerando que estou na tríplice fronteira, que tem pecha de local que abriga terroristas e contrabandistas, a coisa está bem calminha. A temperatura amainou, está ótimo de caminhar agora ao entardecer.

Este é o link das fotos que deu para fazer há pouco. Amanhã posto coisa melhor.

ttps://picasaweb.google.com/miriamkeller/Foz13032011?feat=directlink

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