segunda-feira, 14 de março de 2011

Um dia mais que perfeito

Esqueci de comentar duas coisas de ontem: em Cumbica, nos portões 01 (A,B,C), o pessoa grita os voos.  O uso do microfone não adianta, pois o equipamento está com problema. Então gritam nervosamente os embarques. E quando estava por embarcar, no portão certo - 11A, uma senhora que havia pedido cadeira de rodas.  Num dado momento ouço uma das mocinhas do balcão dizendo para outra: Acharam afinal a cadeira?  Aí foi um tal de falar com um e outro pelo rádio.  Francamente não vi se a tal cadeira apareceu ou não, pois fui ao banheiro, mas esse tipo de coisa dá uma confiança na gente, não é?

Ontem ao chegar, já organizei um pouco os dias por aqui. Não são tantos e há bastante coisa para fazer.  O pessoal da pousada, atenciosíssimo, fez contato com umas pessoas para ajeitar o assunto para mim.  Como o Carnaval passou, a coisa está bem calma por aqui, não têm todos os passeios todos os dias, mas conseguiram para Puerto Iguazu e cataratas do lado argentino para hoje, a preço bastante bom (R$ 85,00 - transporte, entrada no parque, acompanhamento de guia) com a Pousada Evelina (http://www.pousadaevelina.com.br/1024/fotos.htm).   Da.Evelina é uma polonesa que quase se formou em agronomia, casou, descasou, tem duas filhas que trabalham com ela no negócio, netos, fala meia dúzia de línguas, adora o que faz, tem 73 anos, e não tem tempo ruim para ela.  A pousada é bem grande (maior que a em que estou), e só tinha estrangeiros hospedados, fora uma amiga dela, de  MG, que ela não via havia 50 anos, desde os tempos de faculdade. Hoje essa amiga foi embora, e demos carona para ela na van do passeio ao lado argentino. A despedida das duas foi emocionante.

Enfim, a pousada é muito bem organizada, a família é que trabalha ali, só mulheres (na que estou também. No mínimo interessante).  Da. Evelina é uma entusiasta pela vida, é admirável seu vigor, vontade, disposição.

Nosso grupo foi bem diversificado para dizer o mínimo: 4 poloneses que falam bem mal o inglês (vieram para reuniões na Cianorte, e estão aproveitando estes dias para passear por aqui), aliás só dois falam bem pouco, um casal de franceses que já passou pelo RJ, rapidamente por SP, e agora volta a Parati (ela farmacêutica, ele engenheiro de qualidade de uma fábrica de automóveis, e moram em Paris) e eu, de novo única brasileira. No final, fiquei de intérprete entre português/espanhol para todos, dos franceses com os poloneses (só o francês falava um inglês sofrível, a mulher nada).  Foi bem divertido!  Durante o dia, a minha intervenção não foi tão necessária, só esporadicamente, fiquei mesmo é conversando com o casal francês, mas no jantar...o negócio foi muito bom.  Arrumei até um tererê para os franceses, que insistiam em provar mate. O dono do restaurante (Maringá, que fica em um Clube de Pesca - http://www.mapia.com.br/locations/14603-maring%C3%A1-clube-restaurante), muito solícito,  arrumou o tererê e o motorista da van ficou de arrumar um chimarrão amanhã para os franceses.  O motorista, Osvaldo, é do RS, então já viu...

De novo, fiquei surpresa com a gentileza e boa vontade genuína dos prestadores de serviços tanto do lado argentino, quanto brasileiro. Já tinha até desacostumado.

Indo para o lado argentino, passamos pelo controle de fronteira. A filha da Evelina, Ana, fez uma lista, pegou   nossos documentos, apresentou tudo na aduana e nós passamos. Segundo ela, em dias de maior movimento perdem-se até 2, 3 horas no processo. Todos perguntam por que não agilizam, ficam meio bravos coma morosidade, e sobretudo no lado argentino parece que o pessoal é meio encardido.  Agora, a pergunta que não quer calar: para que todo esse rigor teórico se nem sabem se sou eu mesma que estou na van, no ônibus? A grande maioria passa com agências/cias de turismo, nem desce dos veículos, quem faz tudo são os intermediários, então para que dificultar?  Segundo o motorista da van, eles assinam um documento de que se fizerem algo errado e forem descobertos nunca mais entram de lá ou de cá.  Mais ou menos como acontece em qualquer país civilizado. Bem, para nossa sorte, tanto na ida quanto na volta a operação foi vem rápida.

Chegando ao Parque das Cataratas argentino, Da. Evelina explicou em polonês para os poloneses,uma pessoa do parque explicou tudo para o casal francês e para mim em ótimo francês, e assim começamos nosso passeio de verdade.

Ah, sim, antes, como podem ver num vídeo do link abaixo, passamos por uma aldeia de guaranis do lado argentino que Evelina ajuda, aliás insiste em ajudar. Ela é mais entusiasmada e confiante no que aquelas pessoas poderão render um dia do que eles mesmos. Um horror! Vi isso há tantos anos em alguns lugares e pensei que não existisse mais essa miséira, essa degeneração pessoal, essa preguiça, mas existe.

O ingresso para o passeio mais caro (Aventura Total, que foi o que fizemos) custa Pesos 220.  Ele inclui passeio de 25 minutos pela mata em 4 x4, passeio de barco passando por baixo de quedas d'água, passeio de trem com acesso à parte mais extrema do parque.  No passeio de barco a gente se molha inteirinho, tanto que dão um saco de plástico bem grosso para colocar pertences.  Já avisam para levar troca de roupa, toalha, etc.  Tem gente que já vai de maiô e depois põe outra roupa por cima ou fica de maiô mesmo.  Eu levei outra camiseta e bermuda, mas nem foi preciso trocar. Estava tão calor, que foi ótimo levar aquele banho delicioso e ficar com as roupas secando no corpo.  Um refrigérios! A única dica é: chapéu, guarde no saco, senão voa mesmo ou molha; tênis, guarde. Coloque chinelos ou fique sem nada. Você vai precisar de tênis para subir, subir, subir, até voltar para a área do parque propriamente. No mais, tudo muito preso, seguro, senão baubau. E muito protetor, pois se o tempo está aberto o sol é de rachar.

O passeio de 4x4 foi fraquinho.  Passamos no meio do mato,vimos um ou outro animal, mas não é muito interessante. Com o trenzinho foi gostoso, pois já eram14h30, estávamos meio cansados de tanto andar, então deu um refresco antes de quase quilômetro e meio para ver a grande atração do parque: Garganta do Diabo.  A volta também deu uma relachada.

Com tudo isso, saímos de Foz às 10h aproximadamente e voltamos somente às 18h30.  Na volta passamos pela Tríplice Fronteira (veja o vídeo) e pelo Duty Free argentino. Graças, porque queria ver uma coisinha só para mim e nem poderia pensar em ir a Ciudad del Leste, no Paraguai.  O shopping é bem diversificado, bonito, bom atendimento, preços de duty free.  Achei o que precisava, portanto, bye, bye, Paraguai.

Próxima parada: lado brasileiro das Cataratas.

Vamos ver se se compara à organização, bom atendimento do lado argentino.

Outra coisa: também em território argentino, a estrada para o parque é impecável,já voltando, lado brasileiro, uma estrada bem maltratada.Isso não é perseguição, é realidade.

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Pousadaargentina14032011?feat=directlink

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Pousadaargentina1403201102?feat=directlink

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